sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

NASCIMENTO QUER PRESIDÊNCIA DA COMISSÃO DE ORÇAMENTO.

Carlos Nascimento (PT) afirmou ontem, em entrevista exclusiva à Tribuna Impressa, que “sou candidatíssimo à presidência da comissão de Orçamento [Tributação, Finanças e Orçamento]”. Ele garantiu já ter conversado com Aluísio Braz, o Boi (PMDB), presidente da Câmara.

Fonte www.araraquara.com
Por Luis Fernando Laranjeira


Carlos Nascimento (PT) afirmou ontem, em entrevista exclusiva à Tribuna Impressa, que "sou candidatíssimo à presidência da comissão de Orçamento [Tributação, Finanças e Orçamento]". Ele garantiu já ter conversado com Aluísio Braz, o Boi (PMDB), presidente da Câmara.
"Quero presidir a comissão e conto com o apoio do presidente da Câmara, com quem já conversei, e com o presidente do meu partido, que me apóia nesta questão".
Nascimento tem participado ativamente da movimentação de bastidores para a composição das comissões. Anteontem, ele se reuniu com João Farias (PRB), que retornará ao Legislativo no próximo dia 15. "Foi apenas uma conversa, isso é normal", disse o vereador.
Diálogo
Quanto às articulações em andamento, o vereador petista destacou que espera diálogo entre todos os vereadores. Para ele, "historicamente, os vereadores têm relegado participação de todos nas comissões e agora estamos conseguindo quebrar resistências".
De acordo com Nascimento, "não pode ter nada fechado, este é um momento para conversarmos com todos os vereadores e chegarmos a um acordo". O petista declarou que "Boi ganhou a presidência com o compromisso de mudar esta cultura e acredito nele".
O vereador lembrou também que, apesar de alguns acordos já estarem fechados, como a composição da comissão de Justiça, Legislação e Redação, "o Regimento Interno prevê proporcionalidade entre os partidos". Para ele, trata-se de uma questão de democratizar as relações entre agremiações partidárias e entre os próprios vereadores.
Base
Como a Tribuna Impressa mostrou na edição de ontem, os bastidores da Câmara vivem dias de efervescência por conta das negociações para as comissões permanentes para o próximo biênio.
Todos os vereadores destacam a importância e se dizem abertos ao diálogo, mas muitas articulações já estão adiantadas e as comissões mais importantes já estão delineadas. É o caso da comissão de Justiça, Legislação e Redação.
O grupo que apoiou a eleição de Aluísio Braz à presidência deve ficar com o comando da comissão e definiu que Serginho Gonçalves (PMDB), Paulo Maranata (PR) e Márcia Lia (PT) serão os membros. A presidência deve ficar com Serginho.
Porém, Nascimento e outros vereadores têm pensamentos diferentes. O petista quer ampliar as conversas, assim como João Farias, Elias Chediek (PMDB) e Tenente Santana (PSDB).
Santana afirma que "a base de apoio ao prefeito deve prevalecer nas comissões, mas vamos conversar com todos os vereadores". De acordo com ele, "o presidente [Boi] e outros colegas têm que entender a importância de contemplar a base”.

NASCIMENTO AVALIA SEU MANDATO E ELEIÇÃO PARA A PRESIDÊNCIA DA CÂMARA.

http://www.folhacidade.com.br/?pg=ver_noticia&id=6548
Jornal Folha da Cidade edição de 07/01/2011.
Luís Michel Françoso - luismichelf.blogspot.com


Em entrevista ao jornal Folha da Cidade o vereador Carlos Nascimento (PT) revelou sua avaliação política sobre a eleição da presidência da Câmara Municipal que elegeu como presidente o vereador Aluisio Braz, o Boi (PMDB). Nascimento cumpre seu terceiro mandato enquanto vereador e destaca que seu trabalho legislativo é marcado pela abertura ao diálogo e a composição.
Nas eleições para a presidência da Câmara o parlamentar foi o único vereador petista a defender a posição de candidatura própria à presidência, a posição foi derrotada dentro de seu partido e os três vereadores (Márcia Lia, Carlos Nascimento e Edio Lopes) votaram no candidato Boi. Nascimento faz ainda balanço das ações de seu mandato durante o ano passado. Confira a entrevista:
Folha da Cidade: Qual o balanço que o senhor faz do seu mandato no ano de 2010?
Vereador Carlos Nascimento: O ano de 2010 foi muito positivo para o nosso mandato, porque conseguimos fazer um movimento pensado desde o inicio do ano passado, de mostrar que o nosso mandato está fincado de fato nos interesses da cidade e conseguimos deixar isso claro. Em algumas situações foi necessário compor com o governo, mesmo sendo oposição declarada, mas sempre colocamos o interesse da cidade acima de tudo. Articulamos, por exemplo, junto com o prefeito (Marcelo Barbieri (PMDB) em Brasília as emendas do PAC-2 (Programa de Aceleramento do Crescimento do governo federal). Esta conquista teve uma participação decisiva da minha pessoa em Brasília, eu fico orgulhoso, embora não tenha sido noticiado e embora outras pessoas tenham ido noticiar essas verbas. Mas, essas verbas foram construídas pela minha força política e pela do prefeito, estudamos os editais, dialogamos com técnicos, trouxemos técnicos para Araraquara para ajustar os projetos, foi uma articulação técnica, uma articulação entre meu mandato e o do prefeito, uma parceria em nome da cidade. Outra meta de nosso mandato foi de tentar resgatar e fortalecer a instituição Câmara, publicamente mostramos que existe a necessidade de um resgate da Câmara como instituição, estamos fazendo um movimento de fora para dentro, com a sociedade, para mudar a cultura política da Câmara. Outras ações importantes neste último ano foi a consolidação da vinda das empresas Fortaleza e da HR para Araraquara que irão contribuir muito para a geração de emprego e para a arrecadação de impostos na cidade. Penso também que foi muito importante o fato da nossa mobilização resultar na diminuição da taxa de cobrança da CIP (Contribuição de Iluminação Pública) de 13% para 10% no final do ano passado, neste ano vamos trabalhar para que esta taxa seja reduzida para 7%.
Folha da Cidade: Após terem passado as eleição da presidência da Câmara, qual é a sua avaliação sobre este processo dado o seu posicionamento de defender candidatura própria do seu partido à presidência?
Vereador Carlos Nascimento: Em minha opinião o PT prestou um desserviço a sociedade e a Câmara Municipal. O diretório do PT tem 22 membros e foi feito todo o debate e eu defendi com muita força minha posição, no final foram 20 votos contra dois, pode parecer que eu estava muito equivocado dada esta margem de votos. Mas, quanto mais eu ouço o pronunciamento das pessoas, mais eu estou convicto de que o PT cometeu um grande erro. Pois, teve a oportunidade de construir uma alternativa e se limitou o tempo todo a literalmente bancar a eleição do vereador Boi, inclusive a todo custo. Jogando fora a oportunidade de construir na sociedade este processo, onde o PT seria o carro chefe e iria acumular força na cidade e acumular força internamente na Câmara, o PT fez o inverso disso. Preferiu fazer composições com segmentos dentro da Câmara que para mim tem pouco zelo com a instituição Câmara, com um seguimento que concretamente em nenhum momento rompeu com o prefeito. Ao contrário, em todas as votações que o prefeito precisou dos votos deste seguimento, inclusive com projetos nocivos a cidade eles votaram com o prefeito, em nenhum momento quando nós da bancada visualizamos que o projeto era nocivo votaram com a gente, votaram com o prefeito. Isto é uma demonstração cabal que o PT equivocou-se sim, o PT errou, por que fizeram o movimento achando que o grupo de apoio ou o Boi romperiam com o prefeito e criariam uma outra situação, já estamos vendo que não é verdade e eu já enxergava isso lá atrás. Embora eu tenha sido derrotado na minha posição interna dentro do PT, eu vou ficar o tempo todo chamando a atenção, por que o tempo vai mostrar que não foi uma posição acertada e vai nos fazer trazer uma responsabilidade ainda maior de buscar forças na sociedade para nos recompormos para o projeto de 2012.
Folha da Cidade: Neste último ano de 2010, segundo foi apurado pela reportagem a produção legislativa no que tange a função de fiscalização foi muito baixa. Como você avalia esta questão?
Vereador Carlos Nascimento: A Câmara continua num processo de enfraquecimento das suas funções. A Câmara hoje não cumpre 10% do seu potencial, ela praticamente se limita a dar aval as ações do Executivo, cria muito pouco, fiscaliza muito pouco. Temos que trabalhar para termos as comissões internas fazendo estudos aprofundados, chamando interlocutores da sociedade para debater, a Câmara continua se apagando numa cultura fisiológica, assistencialista, rancorosa na relação com o Executivo. Na relação (com o Executivo) temos um corte muito profundo, por um lado a contraposição por completo e da outra uma conivência por completo, ainda com tudo isso a cidade é uma cidade interessante, imagina você se a Câmara cumprisse a sua função. Se você avaliar hoje o perfil da Câmara e a de anos atrás verá que é o mesmo perfil.