sexta-feira, 18 de março de 2011

NASCIMENTO APRESENTOU REQUERIMENTO SOLICITANDO A DESAPROPRIAÇÃO DO PRÉDIO DO EXTINTO CINE CORAL.

A partir de 1950, ocorreu em Araraquara, um grande dinamismo do cinema, quando na esteira das chanchadas da Companhia Atlântida e do vigoroso cinema nacional, criou-se por iniciativa de Roberto J. Afonso, a Cinematográfica Afonso que ao longo de décadas manteve o seu glamour.

Após estas décadas de contribuição com a cultura de nossa população bem como de toda uma macro região, todas as salas foram fechadas, imputando ao poder público, iniciativa privada e segmentos da sociedade civil organizada, ação conjunta para que jamais se permita que a história dos cinemas da cidade se apaguem na poeira do tempo.

Mais que uma vez fechados na década de 90, os Cinemas de Rua em Araraquara, tal qual o Cine Veneza, o Cine Cápri e o próprio Cine Coral, eram a garantia de ter nas telas não só os filmes definidos pelas grandes distribuidoras que alimentam os circuitos comerciais, estes desprovidos quase sempre de qualidade e de interesses culturais, mas temos nas telas, filmes alternativos, focados de fato na regionalização de nossa cultura e na popularização da grande arte cinematográfica.

Manter um Cinema de Rua em Araraquara, neste caso o Cine Coral, não se faz apenas por saudosismo ou modismo, mas sim uma necessidade suportada numa política pública cultural que supra uma demanda cultural existente entre todos nós, qual seja, a carência por exibição de filmes fora do circuito comercial aberta à população em geral, em especial, aquela não freqüentadora de shopping centers.

O Cine Coral é a oportunidade que deve ser vista pelo prefeito e pela população de nossa cidade, de forma estratégica para consolidar o resgate da cultura, da popularização da arte cinematográfica, mas é também estratégico para consolidar a necessária revitalização de uma região ao longo da Avenida Sete de Setembro, como sendo esta, uma região boêmia e voltada a proliferação estudantil e cultural, sendo para isso necessário a mão da política pública, articulada pelo município que propicie a participação neste projeto não só da prefeitura, mas do governo Estadual, governo Federal e da iniciativa privada.

O prédio do Cine Coral, depois de recuperado, poderá abrigar uma Escola Livre de Cinema e Vídeo, local para o ensino profissionalizante de produção, direção e artes cinematográficas, a exemplo do que já dispomos com a escola de técnico ator, podendo ainda abrigar uma Midiateca para acervo da produção local e de filmes de qualidade que poderão ser utilizados em salas de aulas e outras localidades. Mais ainda, um teatro para grandes apresentações, além é claro, do resgate do próprio Cine Coral com apresentações e exibições cinematográficas fora do circuito comercial das grandes distribuidoras de filmes.

Araraquara é hoje reconhecida como um pólo cultural importante, viabilizando na cidade importantes eventos culturais a exemplo do Programa “Virada Cultura”, promovida pelo governo do Estado.

Iniciativas que colocaram a cidade na vanguarda cultural do interior do Estado, como a abertura da Escola Municipal de Dança e do curso de técnico ator permitiu aos profissionais da área o reconhecimento do ofício em carteira de trabalho.

Importantes iniciativas na área, promovidas pela iniciativa privada a exemplo da CPFL Energia que, em 2003, criou o programa CPFL Cultura, programa que busca promover ações culturais e reflexões sobre os aspectos da vida contemporânea.

A CPFL Energia manifestou interesse em contribuir com o projeto de recuperação do Cine Coral através do seu Diretor de Comunicação Empresarial, Sr. Augusto Luis Rodrigues e para oficializar o apoio, Nascimento protocolou um requerimento solicitando a constituição de parceria com o Poder Público.

Em virtude de todas essas considerações em favor da cultura em nossa cidade e aproveitando todo o apoio manifestado através do governo Estadual, governo Federal e iniciativa privada, Nascimento está requerendo do prefeito Marcelo Barbieri, a desapropriação do prédio localizado na Avenida Sete de Setembro, a celebração de parcerias entre o poder público e a iniciativa privada visando à restauração do Cine Coral e a instalação de uma Escola Livre de Cinema no imóvel sugerido.

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