Fonte: www.cmararaquara.sp.gov.br
Por Laís Françoso

A greve, que acontece pelo 8º ano consecutivo, reivindica desta vez reajuste salarial de 12,8%, o que segundo o Diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Edilson Montrose de Aguiar Jr. é um índice bem abaixo da lucratividade média do setor bancário que gira em torno de R$ 27,4 bilhões, ou seja, condiz com um aumento de 26% em relação ao primeiro semestre do ano anterior. Os banqueiros, por sua vez, não atendem ao pedido dos bancários e oferecem somente 8%, o que continua não agradando a categoria de trabalhadores.
O vereador Carlos Nascimento (PT) defende o que a classe exige, pois acredita que são pessoas que além de estarem lutando pelos seus direitos, sustentam, como qualquer cidadão, suas famílias e precisam de pisos salariais mais adequados, pelo menos com um valor equivalente a países vizinhos como Argentina e Uruguai.
Montrose, em e-mail enviado ao parlamentar esta semana, explicou essa situação. “Para efeito de comparação com vizinhos do Cone Sul, o Brasil revela um piso de R$ 735,29, enquanto a realidade da Argentina, com R$ 1.432,21, e do Uruguai, com R$ 1.039,00, é outra”, conta. Outro argumento utilizado pelos bancários é a de que, sabendo os lucros que os executivos dos bancos obtêm, a diferença entre o valor que este ganha com relação ao piso da classe trabalhadora chega a 400 vezes mais.
Para Nascimento, a aprovação por unanimidade dos vereadores de sua moção de apoio à greve, reflete o apelo da sociedade de Araraquara para que o FEBRABAN [Federação Brasileira de Bancos] reveja sua posição e avance nas negociações, uma vez que ambas as partes ainda não entraram em um acordo e, por esse motivo, a paralisação que começou no dia 27 ainda não tem data para terminar. “A moção é um instrumento através do qual colocamos publicamente que estamos solidários à luta dos trabalhadores e em apoio irrestrito à greve”, aponta o vereador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário