Na última sessão do Legislativo de Araraquara o projeto mais polêmico foi a proposta da Prefeitura que visa acabar com a taxa do lixo. De cunho meramente político e visando apenas dar vazão a compromissos políticos de campanha, o prefeito Marcelo Barbieri, dá as costas a questões ambientais ao retirar cerca de 2 milhões e oitocentos mil reais dos seus próprios cofres que deveriam servir para fomentar a educação ambiental, fortalecer a secretaria de meio ambiente, estruturar a Acácia, cooperativa com 150 recicladores e que precisam de auxilio. Em absolutamente nada se justifica o fim da taxa, o que queríamos era uma remodelação completa e uma atualização da lei que já temos, mas acabar com esta contribuição jamais, aponta Nascimento, que foi o único vereador a votar contrariamente ao projeto.
Precisamos usar o principio do gerador, pagador. Aquele que gera os resíduos ainda que faça a seleção para a coleta seletiva deve sim pagar para elevar a conscientização ambiental e a defesa do meio ambiente. É falso o discurso que a taxa recai sobre os mais pobres, pois os mais pobres já não pagam a taxa e se quer a água por que são suportados pelo fundo do Daae. Também é falso o discurso que agora com o fim da taxa ambiental as pessoas passarão a fazer a seleção dos materiais em suas casas, isso não se faz por decreto se faz com educação ambiental e para isso é preciso recursos financeiros e hoje já não temos, com a supressão de quase três milhões ao ano as coisas apenas tende a piorar. É a politicagem falando mais alto que as políticas públicas ambientais, lamenta Nascimento.
O tempo mostrará este equivoco e espero que a sociedade tenha força e consciência para retomar este debate num curto espaço de tempo. O correto seria alteramos a lei garantindo mais recursos para a educação ambiental, hoje apenas 1% é dedicado a isso e este valor foi fruto de um trabalho nosso na lei original, deveríamos chegar a 25 ou 30%, este é um recurso ainda necessário se quisermos construir uma sociedade educada ambientalmente.
Lamento muito que o PT que foi o partido que de forma acertada criou a taxa ambiental tenha tirado posição de ficar ao lado do prefeito e contra o meio ambiente. É um equivoco e uma contradição sem limites. Mostra que o tema e as posições do partido precisam ser afinadas entre seus dirigentes e militantes, finaliza Nascimento.
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